|
Polifonias
Boletim 1
Polifonias está no ar e nas redes, se dispondo a trazer, a cada vez, textos, comentários, entrevistas, precisões epistêmicas, notícias, etc., que possam contribuir para o preparo do XXII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano.
O Boletim estará em estreita conexão com o site do Encontro e com as diversas Comissões, veiculando o pensamento e o debate dos psicanalistas do Campo Freudiano sobre as consequências (para a psicanálise) da queda do falocentrismo. Além disso, divulgará notas, não só sobre a organização do evento, mas também sobre o Rio de Janeiro, para que possamos desfrutar da cidade durante nossa permanência.
Nesse primeiro número temos: a palavra da diretora do Encontro nos dando um aperitivo sobre nosso trabalho; o vivo e instigante argumento formulado pela Comissão Científica; e, por fim, notícias da Comissão de Acolhimento sobre o Rio e a região onde será o Encontro.
Boa leitura!
Maria Inês Lamy e Nohemí Ibañez Brown Coordenadoras da Comissão de Boletim do XXII EBCF
|
|
|
|
|
|
|
Aí estamos
Em célebre artigo de 1925, Freud aborda as « consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos » e hoje nos propomos a recolher, entre os membros da Escola Brasileira de Psicanálise e demais integrantes do Campo Freudiano no Brasil, as consequências para a psicanálise da « queda do falocentrismo ». Ora, sabemos que a lógica fálica articulada ao Édipo, tal como formula Freud, não equivale ao falocentrismo cultural, do mesmo modo que a função paterna – que opera a inscrição simbólica da castração como acesso ao desejo – não se confunde com o patriarcalismo. No entanto, por « queda do falocentrismo » queremos aqui designar tanto as transformações sociais associadas ao declínio do Pai e dos ideais coletivos, quanto os desdobramentos conceituais da psicanálise que têm início com a clínica da neurose e avança, com Lacan, ao se deixar ensinar pelos psicóticos.
|
|
|
|
|
|
|
Argumento para o XXII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano
A queda do falocentrismo Consequências para a psicanálise
Quem mandou? Quem mandou brincar na chuva, sair à noite? Quem mandou ir atrás, trair, amar demais, dormir de menos? Quem? Algo em mim, mais forte que eu – diria cada um de nós quando percebe que talvez tenha ido longe demais no caminho do desejo.
O querer não costuma seguir o bom senso, insiste e mira no que em nós, sem limite ou descanso, quer mais – o que J. Lacan denominou gozo. A expressão « Quem mandou? » porém, enfatiza apenas os perigos do desejo, como se sempre, mais cedo ou mais tarde, tivéssemos de pagar a fatura de seus excessos. Nem sempre, ao menos para Lacan que situa a psicanálise exatamente na arte de encontrar a composição singular entre falta e excesso, desejo e gozo, que dê a cada um a medida de seu destino.
|
|
|
|
|
Notícias da Comissão científica sobre os trabalhos:
As mesas simultâneas
Elas acontecerão no sábado 24 de novembro. Serão sequências de hora e meia, ao longo da qual serão apresentados três trabalhos com a duração de quinze minutos cada. Um coordenador terá a responsabilidade de animar a discussão que ressaltará os pontos vivos das intervenções, assim como cuidar do bom uso do tempo. A comissão científica estabelecerá uma troca prévia tanto com o coordenador quanto com os autores a fim de afinar a articulação dos trabalhos não apenas com o tema da sequência, mas também entre eles.
|
|
|
|
|
Andando pelo Rio
Comissão de Acolhimento do XXII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano
Em tempos de queda das tradições, onde o ordenamento paterno já não responde por grande parte dos desejos, das manifestações de diversidade sexual, dos laços sociais, a psicanálise também se revê, se reorienta, para estar à altura da subjetividade da época, como preconizou Lacan. Nós psicanalistas e demais trabalhadores que compartilhamos a orientação lacaniana estaremos reunidos no XXII Encontro Brasileiro do Campo Freudiano para trabalharmos sobre o tema da queda do falocentrismo e as consequências para a Psicanálise.
|
|
|
|
|
|
|
23 a 25 de novembro 2018 Hotel Windsor Barra Av. Lucio Costa 2630 Rio de Janeiro
|
Organização do encontro
|
Presidente: Luiz Fernando Carrijo da Cunha Diretora: Angela C. Bernardes Cordenação geral: Maria Silvia Hanna
|
|
|
|
|