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« A moral corresponde ao coletivo. A ética, à responsabilidade singular. Quando Lacan definiu a psicanálise como uma ética, causou impacto e interrogação. Impacto, porque as pessoas associam ética a comportamento moral. Interrogação, porque não estamos habituados a considerar o termo ética associado à prática clínica, e sim a questões disciplinares. No entanto, ética é o melhor termo para definir a clínica psicanalítica se entendermos que assim nomeando, estamos nos referindo a uma clínica que exige a responsabilidade de cada um frente à singularidade do seu gozo. » (Jorge Forbes)
Jacques Lacan dedicou um ano ao Seminário 7, para o estudo da ética da psicanálise.
Nosso objetivo, neste curso, é evidenciar as chaves de uma leitura clínica do Seminário 7 de Lacan.
O tema da ética da psicanálise é especialmente importante em um mundo no qual os padrões de comportamento moral se esfacelaram e as pessoas angustiadas vão atrás de ultrapassados e inúteis remédios. Todas as aulas serão, sobretudo, baseadas em frases ou termos de Lacan nesse Seminário, indicando-se as páginas em que se encontram. Nelas serão também apresentados exemplos clínicos.
Data: 29 de março de 2014 Local: IPLA, Rua Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo Telefones: (11) 3061-0947 e (11) 3081-6346
O valor é de R$ 180,00. Alunos do IPLA e estudantes até 25 anos têm desconto de 20%.
Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições para a realização do evento.
Orientação científica: Jorge Forbes
Coordenação: Elza Macedo |
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PROGRAMA
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9h00 – 9h30: Café com bolo IPLA
9h30 – 10h30: Aula inaugural – A ética da psicanálise – Claudia Riolfi Ética é diferente de moral (p. 9-11)? Atração da falta (p. 10). Como ser ético se estamos mergulhados em problemas morais (p. 10)? Sentimento de culpa (p. 11). Freud articula a dimensão moral como enraizada no próprio desejo (p. 12). A entrada em análise (p. 16). Nossa relação com o desejo de curar (p. 267). A experiência analítica é o convite para a revelação do desejo (p. 270). Primum vivere versus vida qualificada (p. 371). A ética da psicanálise no mundo atual.
10h30 – 11h30: Aula 2 – A essência da tragédia – Alain Mouzat O brilho de Antígona (p. 295 e 300). Temor e piedade (p. 300). O efeito do belo no desejo (p. 302). Antígona no entre-duas-mortes (p. 301, 315, 327). O que significa uma escolha absoluta (p. 292)? Drama e tragédia. Quais as consequências hoje da relação do homem com o desejo (p. 372)? Ou melhor ainda, da relação da ação com o desejo que a habita (p. 375)?
11h30 – 12h00: Café com bolo IPLA
12h00 – 13h00: Aula 3 – A dimensão trágica da experiência analítica– Elza Macedo A demanda de felicidade e a promessa analítica (p. 126, 349). Não há clínica sem ética. Quais as consequências hoje da relação do homem com o desejo (p. 372)? Agiste em conformidade com teu desejo (p. 373)? A única coisa da qual se possa ser culpado, pelo menos na perspectiva analítica, é de ter cedido de seu desejo ( p. 382-5).
13h00 – 15h00: Horário de Almoço
15h00 – 16h00: Aula 4 – O paradoxo do gozo – Dorothee Rüdiger Pulsões e engodos (p. 111-126). O gozo da transgressão (p. 233-250). Pulsão de morte (p. 251-265). Como encontrar uma bússola que nos possibilite uma direção ética (p. 385)? Como interpretar, hoje, o dito « Fazer o bem, sem olhar a quem »? Função do bem (p. 266-280). Função do belo (p. 281-292).
16h00 – 17h00: Aula de encerramento – A ética e o amor – Liége Lise O que quer uma mulher (p. 18)? O amor no centro da experiência ética (p. 18). Como interpretar hoje o dito « Amarás teu próximo como a ti mesmo » (p. 121, 219, 227, 236-9)? O entusiasmo (p. 298). Existe um novo tipo de amor. Excesso (p. 314). Realização do desejo (p. 353). O desejo do analista ( p. 360). Felicidade como encontro, um bom encontro (p. 23, 350). Forbes: « Ser feliz dá um trabalho danado, chega até a assustar, mas não mata não ». |
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