XVI JORNADA DA EBP-MG VACILAÇÕES DO SIMBÓLICO, INSTABILIDADES DO IMAGINÁRIO E CAUSALIDADES DO REAL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TEXTOS CLÁSSICOS: 1- FREUD, S. ———. Recordar, repetir e elaborar (Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise II)”. (1914), v. 12. ———–. “Além do princípio do prazer” (1920), ESB. v. 18. ———–. “O problema econômico do masoquismo”. (1924), ESB, v.19. ————. “Inibições, sintomas e angústia” (1926), ESB, v. 20.
2- LACAN, J. ———–. “O simbólico, o imaginário e o real” (1953). In: ———. Nomes do Pai. Rio de Janeiro:JZE, 2005. p.9-53 ———–. R.S.I. O Seminário. 1974/1975. (Ex). ———-. “Passagem ao ato e acting out” (1962-1963). IN: ———-. LACAN, J. O Seminário, livro 10, A angústia. Rio de Janeiro:JZE, 2005. P. 128-145.
TEXTOS CONTEMPORÂNEOS: 1- MILLER, J.A. (em português) • “Uma fantasia”. In: Opção Lacaniana. Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. São Paulo:Edições Eolia, 2005. n.42, p. 7-22. • “O real é sem lei”. ”. In: Opção Lacaniana. Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. São Paulo:Edições Eolia, 2002. n.34, p. 7-16. • “Uma conversa sobre o amor”; “O amor entre repetição e invenção”; “Minha garota e eu” e “Convergência e divergência”. In: Opção Lacaniana online. Nova Serie, ano 1, julho de 2010, n.2. • “Capítulo 17: Descobrir sua unidade de gozo. Freud pelo avesso. Lacan pelo avesso. Inércia do imaginário. Rotina do simbólico e sinthoma. O passe do sinthoma”. In: ——-. Perspectivas dos Escritos e Outros Escritos de Lacan. Rio de Janeiro:JZE, 2011. p. 214-232.
2- MILLER, J.A. (em francês) • “S’aimer comme au premier jour” (“Omnia Vincit Amor”). In:——-. La Lettre Mensuelle. Revue des ACF., Publiée par L´´Ecole de la Cause Freudienne. Juillet-Août 2011. n.300, p. 14-15.
3- LAURENT, Eric. (em português) • “Seminário: mentiras da felicidade: I: o tecido da fantasia. II: o real do sintoma”. In: ——-. Loucuras, sintomas e fantasias na vida cotidiana. Belo Horizonte:Scriptum, 2011. p. 71-98. • “Da disparidade no amor”. In: Aleph. Revista da Delegação Paraná-EBP. Curitiba:Delegação Paraná, n.01, ano 2010. p. 47-61. 4- LAURENT, Eric. (em francês) • “L’ordre symbolique au XXI siècle. Consequences pour la cure”. In: La Cause Freudienne, nouvelle revue de psychanalyse, Paris: Navarin, 2010. n.76. p.137-141. • “L’impossible nomination, ses semblants, son sinthome”. In: La Cause Freudienne, nouvelle revue de psychanalyse, Paris: Navarin, 2011. n.77. p.69-84.
PUBLICAÇÕES DIVERSAS: 5- Le rapport sexuel au XXI siècle. In: La Cause Freudienne, nouvelle revue de psychanalyse, Paris: Navarin, 2008. n.70. 6- Nomes do amor. In: Curinga. Escola Brasileira de Psicanálise-MG. Belo Horizonte:EBP-MG, n.24, junho de 2007. 7- As relações amorosas no século XXI. In: Aleph. Revista da Delegação Paraná-EBP. Curitiba:Delegação Paraná, n.01, ano 2010. 8- Nomes do amor. Anais do XVI Encontro Brasileiro do campo Freudiano. Escola Brasileira de Psicanálise, Belo Horizonte, 2006. XVI Jornada da EBP-MG 28 e 29 de outubro de 2011 Convidado internacional: François Leguil VACILAÇÕES DO SIMBÓLICO, INSTABILIDADES DO IMAGINÁRIO E CASUALIDADES DO REAL Como se analisa hoje Coordenador: Sérgio Laia A tríade Simbólico, Imaginário e Real atravessa, com conotações e arranjos diferentes, do início ao fim, todo o ensino de Lacan. A Seção Minas Gerais da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP-MG) também vai se dedicar a ela, alinhando-se ao tema do IX Congresso da Associação Mundial de Psicanálise (AMP), consagrado às consequências, para o tratamento analítico, da mudança da ordem simbólica em nosso século. Essa tríade foi uma espécie de bússola, na última década de 50, para Lacan realizar o famoso “retorno a Freud”. Duas décadas e meia depois, ele vai utilizá-la, abreviando-lhe as letras iniciais, para intitular um Seminário — R.S.I. — em que a preponderância do Simbólico sobre o Imaginário e o Real, ressaltada anteriormente, será questionada. Tal questionamento não deixa de ser uma antecipação do que ganhará visibilidade quase trinta anos depois do R.S.I.: a ordem simbólica não é mais o que já foi. Entretanto, se os símbolos não têm a mesma eficácia de antes na organização da cultura, da subjetividade e da vida, tal precariedade é experimentada também no Imaginário porque, por mais que vivamos em um mundo tomado pelas imagens, o poder e a permanência delas é inversamente proporcional à força dessa invasão: as imagens são inúmeras e variados são os modos pelos quais nos fascinam e referenciam nossos corpos, mas sua multiplicidade é também marca de sua enorme instabilidade. Com tais vacilações do Simbólico e instabilidades do Imaginário, cada um poderá se ver mais exposto às casualidades do Real, ao que Lacan designou como “o Real sem lei”, à ausência de ligação própria ao Real e que pode tomar a forma do pânico que mascara a angústia inominável, da busca frenética pela satisfação jamais encontrada, da perda do sentido que jamais se teve… Frente aos desarranjos que afetam a tríade Simbólico, Imaginário e Real, interessa-nos apresentar como se analisa hoje, ou seja, como temos enfrentado o que parece escapar de todo manejo, como lidamos, no cotidiano de nossa clínica, com as manifestações trazidas pelos sujeitos que, direta ou indiretamente, chegam até nós corporificando as vacilações do Simbólico, as instabilidades do Imaginário e as casualidades do Real. Cada texto destinado à XVI Jornada da EBP-MG poderá se pautar por um dos três eixos seguintes: I – A precariedade das elaborações diante do imperativo da satisfação: a crescente exigência de satisfação que marca o ritmo de nossas vidas cotidianas tem feito com que muitos sujeitos, procurando ou sendo endereçados a um tratamento, apresentem uma precariedade das elaborações referentes a seus sofrimentos e “atuações”. Se a elaboração é, segundo Freud, um recurso inestimável para o analisante enfrentar o que resiste a encontrar uma solução, interessa-nos evidenciar como a clínica psicanalítica lida hoje com aqueles que, mesmo mobilizados por seus tratamentos, apresentam dificuldades em elaborar o que lhes afeta. II – Ressonâncias da interpretação frente ao silêncio da pulsão de morte: a interpretação, desde Freud, é um recurso que os analistas têm para fazer uma análise avançar para além das barreiras do que se permite dizer. Entretanto, já na clínica freudiana, uma força que se defende contra o restabelecimento e se apega à doença e ao sofrimento muitas vezes se fazia surda às interpretações. Trata-se, assim, de evidenciar quais ressonâncias tem a interpretação em contextos (cada vez mais atuais) em que o silêncio da pulsão de morte é capaz de, por exemplo, inibir a fala, exaltar as “atuações”, favorecer modos mortíferos de satisfação. III – “Primeiro o amor, depois o saber” — novos manejos da transferência: confrontado ao que não era passível de recordação e de elaboração sobre o recalcado, Freud fez da transferência um instrumento para o analisante saber do que se tentava ocultar. Entretanto, hoje, são mais espessos e contundentes os modos como muitos sujeitos corporificam um não querer saber de nada disso que lhes faz sofrer e lhes precipita os atos. Nessas situações, a indicação “primeiro o amor, depois o saber”, evocada por Jacques-Alain Miller em “Uma fantasia”, poderá configurar novos manejos da transferência, e será oportuno evidenciá-los.
COMISSÕES: Científica: Lúcia Grossi (coordenadora), Helenice de Castro, Márcia Rosa, Suzana Faleiro Barroso, Sérgio de Campos e Sérgio Laia. Divulgação: Cristina Nogueira (coordenadora), Andréia Guerra, Edméia Nogueira, Ernesto Anzalone, Fernando Casula, Fabrício Ribeiro, Inês Seabra de Abreu Rocha, Miguel Antunes, Mônica Lima e Robson Campos. Infraestrutura: Márcia de Souza Mezêncio (coordenadora), Ana Elisa Maciel, Antônio Morelli, Kátia Mariás, Luciana Silviano Brandão, Luzmarina Morelo, Marcelo Quintão, Maria Angélica Medrado, Maria das Graças Sena e Maria Wilma de Faria. Livraria: Mônica Campos Silva (coordenadora), Beatriz Espírito Santo e Fernanda Costa. Tesouraria e patrocínio: Alessandra Thomaz Rocha (coordenadora), Ana Lydia Santiago, Beatriz Espírito Santo, Cristiane Barreto, Helenice de Castro, Lilany Pacheco, Maria Inácia Freitas e Samyra Assad.
PROGRAMA 28 de outubro – Sexta-feira MANHÃ 8h às 9h Credenciamento 9h15min às 10h15min ABERTURA – Sérgio de Castro – Diretor da EBP-MG CONFERÊNCIA – Sérgio Laia – Coordenador da XVI Jornada da EBP-MG 10h15min às 12h15min PLENÁRIA I TARDE 15h às 17h PLENÁRIA II 17h às 17h30min INTERVALO 17h30min às 19h30min SEMINÁRIO INTERNACIONAL François Leguil (Analista Membro da Escola, AME – École de la Cause freudienne, ECF e AMP) As demandas contemporâneas feitas à psicanálise a ilusão terapêutica da felicidade 29 de outubro – Sábado MANHÃ 9h às 12h45min MESAS SIMULTÂNEAS TARDE 14h30min às 16h30min PLENÁRIA DO PASSE Primeiro testemunho como Analista da Escola (AE) Ana Lydia Santiago (AE – EBP e AMP) Como analiso hoje, depois de meu final de análise Angelina Harari (AE – EBP e AMP) Sérgio de Campos (AE – EBP e AMP) Debatedor: François Leguil (AME – ECF e AMP) 16h30min às 17h INTERVALO 17h às 19h SEMINÁRIO INTERNACIONAL – François Leguil (AME – ECF e AMP) As demandas contemporâneas feitas à psicanálise as condições da clínica hoje 19h ENCERRAMENTO Sérgio de Castro (Diretor da EBP-MG)