Começo pelo ódio edípico, que, segundo Freud, desempenha um papel importante na constituição de massas e acaba com o sentimento de culpa. Gostaríamos que você nos falasse sobre o que, hoje, é o sentimento de culpa.
Na mesma linha de reflexão, destaco que o ódio, ponto de partida da constituição de massas, não desaparece plenamente e mantém-se na base da rivalidade entre comunidades, constituindo o que se designa identificação segregativa. Considerando-se esse ódio que permanece, a identificação desagregativa, conforme você propôs em sua conferência, pode ser pensada como algo da ordem do significante, para tratar o ódio que subsiste na operação de constituição de grupos?