Editorial
de cargos institucionais é um dos princípios que fundamentam a prática da
Escola de Lacan e é parte da formação do analista quando cada um se responsabiliza
por sua posição de sujeito e pela transferência de trabalho. Patricia Badari
está no comando da Carta de São Paulo online, seja bem-vinda.
“Servir-nos da Pai-versão” faz referência a uma citação de Lacan no Seminário
23, o sinthoma, que se encontra no texto; também é um convite para que
participem e se sirvam das atividades preparatórias que desenvolvemos nas
reuniões das quartas-feiras em nossa sede. Este é um resumo do texto discutido
na atividade de Apresentação das VII Jornadas da EBP-SP. Este
Seminário de Lacan originou a inspiração do tema destas Jornadas.
de família, seus enredos na prática, cujos comentários estão nos textos
“Família?” e “Assunto de família”. O primeiro enfatiza especialmente os
enredos, a novela familiar que cada analisante tece em sua análise buscando
interpretar o segredo inominável do gozo do casal parental, que também guarda
uma relação com a época em que vivemos. A cada dia vemos as tecnociências
inventando maneiras de filhos existirem de forma não tradicional, além do ato
sexual. Reprodução e filiação não se recobrem, leiam no segundo texto. Para a
psicanálise a família existe enquanto tradução de um desejo, desde que não seja
anônimo, como disse Lacan. Sexuação e parentalização são duas elaborações de
cada sujeito, um a um.
Acontece na EBP-SP
Servir-nos da Pai-versão, por Carmen Silvia Cervelatti (EBP/AMP)
Pai-versões contempla os trabalhos preparatórios para o VIII Enapol Assuntos de família, seus enredos na prática e para o XI Congresso da AMP As psicoses ordinárias e as outras, sob transferência.
Em parceria com a EBP-MG, temos Pierre Naveau como conferencista
internacional. Sandra Grostein é a coordenadora geral e Rômulo Ferreira
da Silva da comissão científica. No boletim Di#versos estão as comissões. As atividades preparatórias estão sendo desenvolvidas em parceria do Conselho e da Diretoria da Seção.
Assunto de família, por Cynthia Farias (EBP/AMP)
ficções que tentam explicar o que está em jogo entre um pai e uma mãe no
que concerne à posição de homem e mulher. A família é um “sistema
simbólico e um aparato de gozo”1 que visa regular o desencontro que deu origem a um sujeito e funciona para velar a inexistência da relação sexual2.
Por isso, numa análise, trata-se de localizar o sujeito nessa ficção
para isolar sua forma singular de gozo. Miquel Bassols afirma que “é o
gozo feminino, o gozo do Outro, [implícito no desejo da mãe] que habita
em toda unidade familiar”.
O pai nas novas configurações familiares, por Daniela de Camargo Barros Affonso (EBP/AMP)
Como anda o pai nas novas configurações familiares em que os casais
são, por exemplo, homossexuais ou transexuais? Se é na família que se
elaboram as condições determinantes da escolha de objeto, o que o pai
nas múltiplas formas familiares da atualidade, transmite?
É preciso pensar a noção de pai não a partir do parentesco, mas da relação homem e mulher no casal parental.
Família?, por Teresinha N. Meirelles do Prado (EBP/AMP)
A partir da discussão da atividade preparatória[i]
do dia 24 de maio, destaco alguns pontos do argumento disponível no
site do VIII ENAPOL que me serviram de orientadores, bem como alguns
trechos pontuais extraídos de textos preparatórios para o próximo
Encontro, associados a alguns elementos discutidos nesse dia, e outras
referências.
A primeira questão que ficou da discussão refere-se à pergunta: o que
é uma família na atualidade, e sob qual perspectiva isto tem lugar na
psicanálise de orientação lacaniana?
Gabinete de Leitura Lacaniana
Cracolândia: para além da Toxicomania, por Mirmila Musse
contemporaneidade. Quando não há limites às exigências pulsionais de
prazer, qualquer coisa pode ocupar o lugar da satisfação imediata de
gozo[1], como o uso abusivo de drogas, por exemplo.
Paterson e a anotação dos dias, por Janaina Costa Veríssimo
Paterson (Adam Driver) é um pacato motorista de ônibus da cidade de
Paterson, Nova Jersey. Um motorista que lê e escreve poemas sem rimas,
os seus preferidos, sem qualquer pretensão de um grande acontecimento. Paterson se recusa a portar um smartphone, ele é o cidadão que, diante de um problema elétrico do veículo, ainda procura por um orelhão.