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Juras de amor ainda duram para sempre? Ou, são eternas enquanto duram? Por que amantes se matam? As parcerias amorosas estão presentes na história da humanidade, nos mitos, nos romances, nas óperas, na vida. Como amam os Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Abelardo e Heloísa de nossos dias? E o que dizer do amor entre pais e filhos na contemporaneidade?
Hoje, mais do que nunca, o amor é um valor social. Amor que não pede retribuição, que não é determinado pela religião, que acontece não porque Deus mandou. É um amor que se afirma por si mesmo, sem intermediação, sem explicação. Como comenta Jorge Forbes, um novo amor que diz respeito à ética da consequência. Eu te amo não porque você merece, mas porque eu sou eu e você é você. Um novo amor que pode organizar o laço social. A transcendência na imanência é uma leitura de Luc Ferry para o mundo contemporâneo, em que « o sentimento de transcendência é paradoxalmente imanente à minha vivência ». A partir da sagração da vida privada, este filósofo propõe a esfera da intimidade como bússola para os grandes projetos políticos.
O amor, há muito tempo que só se fala disso (Lacan). Em 1959, em seu Seminário, Lacan pergunta: Por que a análise não foi mais longe, no sentido da investigação de uma erótica? Poderíamos dizer que há uma erótica no último ensino de Lacan? Este curso, Um novo amor – invenção e laço social, a realizar-se em 24 de maio, na série dos Sábados no IPLA, será pautado em textos clássicos sobre o amor, de Sigmund Freud e de Jacques Lacan, com os aportes atuais de Jorge Forbes e de Luc Ferry. Tem por objetivo falar dos encontros e desencontros amorosos na contemporaneidade. E como, o amor, a gente inventa. O amor, na análise só lidamos com isso, e não é por uma outra via que ela opera (Lacan). Para uma clínica além do Édipo, um amor também além do Édipo, um novo amor.
Um novo amor – Invenção e laço social Data: 24 de maio de 2014 Local: IPLA, Rua Augusta, 2366 – Casa 2, São Paulo Telefones: (11) 3061-0947 e (11) 3081-6346
Valor: R$ 180,00. Alunos do IPLA e estudantes até 25 anos têm desconto de 20%. Vagas limitadas. É necessário que haja um número mínimo de inscrições para a realização do evento.
Este programa está sujeito a modificações.
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PROGRAMA
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9h00 – 9h30: Café com bolo IPLA
9h30 – 11h00: Aula inaugural – Um novo amor: o tratamento da pós-modernidade – Jorge Forbes 1. A vida não tem mais sentido, que sentido dar à vida? 2. A clínica psicanalítica do tempo do Real com sentido é muito diferente de quando, hoje, o Real não tem mais sentido. 3. Coisas fundamentais da vida não têm sentido, a começar do – »Eu te amo ». Não cabe perguntar por quê. Na pós-modernidade, um « novo amor », uma nova forma de amar se apresenta como algo que uma análise possibilita sustentar.
11h00 – 11h30: Café com bolo IPLA
11h30 – 12h30: Aula 2 – Amor freudiano – Alain Mouzat Transferência é amor? A conciliação sexo e amor. Um tipo especial de escolha de objeto feita pelos homens. Depreciações da vida amorosa. Origem e consequência desta tendência em homens e mulheres. A anatomia é o destino? O tabu da virgindade. O que quer uma mulher?
12h30 – 13h30: Aula 3 – Amor lacaniano – Claudia Riolfi Homem, mulher e a anatomia. Letra de uma carta de amor. Gozo suplementar. Desse gozo a mulher nada sabe. « Gozo sobre o qual a mulher não solta nem uma palavra, talvez porque não o conhece, aquele que a faz não-toda. » O amor supre a ausência de relação sexual. A relação sexual não para de não se escrever. Não há amor sem ódio.
13h30 – 15h00: Horário de Almoço
15h00 – 16h00: Aula 4 – Família, um amor sem palavras (JF) – Dorothee Rüdiger O amor contemporâneo. « O que prefiro é um discurso sem palavras ». Nós dois somos um. A mola do amor. Não há A mulher. Um amor sem intermediação. Amor fatti. A conciliação sexo e amor. Os meus, os seus e os nossos: A família contemporânea.
16h00 – 17h00: Aula de encerramento – O amor, na análise só lidamos com isso, e não é por uma outra via que ela opera. (Lacan) – Liége Lise Transferência . Lógica do amor. Somos adotados. « Que renuncie aquele que não estiver ao alcance da subjetividade de sua época. » Desejo do analista como desejo de abordar o inabordável (o real). « Falar de amor, com efeito, não se faz outra coisa no discurso analítico. » Numa clínica além do Édipo um amor também além do Édipo, um novo amor. |
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